quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quarto sem janela

Eu sou naturalmente bom, nasci assim, com essa personalidade que se deixa levar. Minha máscara me salva, esconde a minha alma, me protege de quem ta pelo mal e me afasta de quem se aproxima. Por um lado, estou seguro de maiores decepções, de maiores machucados e novas cicatrizes. Por outro, ando ao lado da solidão, e vivo trancado nesse quarto sem janela. Mas esse quarto já foi mais claro, já foi mais colorido e bem mais bonito. Agora está sem graça, assim como o resto. Mas a verdade é que o resto continua igual. Apenas eu restei. Devo ser diferente. Sem graça, assim como minha aparência. Vazio como os meus finais de semana, triste como as manhãs que acordo.
Estou protegido pela minha mascara e essa armadura de mentiras. Ignorante que sou, não procuro entender as coisas mais.
Pra mim já basta, chega de manhãs tristes, chega de saudades, chega de orações fortes e recaídas sem hora.
E quando grito e insisto em querer ir embora, vejo que se for, vou embora só. E é assim que termina a história.

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